Junto a estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Professor Cândido Duarte, os bolsistas do PIBIC-EM participaram de uma visita guiada pelo programa educativo ao lugar onde o abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco viveu durante sua infância, hoje tombado pelo estado de Pernambuco como Parque Nacional da Abolição.
Na quarta feira (26 de abril), os estudantes da EREM Prof. Cândido Duarte participaram de uma aula de campo junto aos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Fundação Joaquim Nabuco. A visita técnica ao histórico Engenho Massangana, situado no município de Cabo de Santo Agostinho, teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma oportunidade única de conhecer a história e a arquitetura do engenho, além de aprofundar seus estudos em história, sociologia e cultura pernambucana.
A aula de campo teve início no percurso até o engenho quando, ainda no transporte durante o trajeto, o professor de Sociologia da escola explicou o funcionamento do equipamento cultural durante o período de colonização brasileira, sendo um dos principais produtores de açúcar da região e um importante símbolo da resistência negra durante a escravização.
Ao chegarem ao local, os bolsistas foram recebidos por monitores do programa educativo que os acompanharam em uma visita guiada pelos principais ambientes do Engenho. Durante o percurso, os estudantes puderam observar os engenhos de moagem e destilação da cana-de-açúcar, além de conhecerem a capela São Mateus e a Casa Grande, a qual atualmente abriga as exposições Pra deixar de ser "pra inglês ver", de Jeff Alan; e Massanganu: memórias negras.
Os monitores do educativo falaram sobre os documentos históricos, fotografias e obras artísticas que abordam o período de escravização em Pernambuco. Retomaram a memória de personalidades que marcaram a história nacional com configurações estéticas atuais, dialogando com os estudantes sobre os resgates históricos que contemplam o repertório sociocultural presente no museu.
Durante a visita, os bolsistas também tiveram a oportunidade de conversar com os orientadores e pesquisadores da Fundaj que levantaram reflexões sobre as hierarquias presentes na topografia do engenho, pontuando a Capela São Mateus no lugar mais alto do terreno, fazendo luz ao poder máximo santificado; A
Casa Grande no meio, representando a estrutura patriarcal vigente sob as discussões políticas e econômicas; Enquanto à Senzala, estaria demarcada no ponto mais baixo do Engenho, próximos aos ambientes de trabalho escravizado revelando a posição em que ocupavam na estrutura da sociedade Colonial.
A aula a campo foi uma proposta conjunta entre a escola e a equipe de orientadores da sexta edição do PIBIC-EM/Fundaj, contando com a participação da equipe do Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab).
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